Arquivo mensal: maio 2016

HISTÓRIA DO BAIRRO

Assim chamado a partir de 1.792, se compunha do Largo do Bexiga, que em 1.865 passou a chamar-se Largo Riachuelo (hoje é a Praça das Bandeiras) e do Largo do Piques, hoje Largo da Memória. O antigo bairro do Bexiga começou a desaparecer, logo após o surgimento do novo Bairro do Bixiga e esse pedaço praticamente se deteriorou como comunidade e hoje é apenas local de intenso tráfego, com estacionamento de ônibus, passarelas e estação do metrô. O único vestígio é a Pirâmide do Piques, ou Obelisco da Memória, que se localiza no antigo Largo do Piques, hoje Largo da Memória.

CHÁCARA DO BIXIGA:

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Era mata cerrada não só em 1.559, quando ainda Sesmaria do Capão, registrada em seu próprio nome por Antônio Pinto, tabelião de Santos, mas também em 1.794, quando foi vendida pelo Capitão Melchior já com o nome de Chácara do Bexiga. Inclusive no decorrer do Século XIX, a Chácara do Bexiga era mata e quase impenetrável .

 

NOVO BAIRRO DO BIXIGA:

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O primeiro registro de ocupação da área é de 1559, como Sítio do Capão, de propriedade do português Antônio Pinto, e mais tarde passou a chamar-se Chácara das Jabuticabeiras, por causa do alto número de árvores dessa espécie. Nos anos 1820 um homem conhecido como Antônio Bexiga, por causa de suas cicatrizes de varíola (popularmente conhecida como “bexiga”), comprou as terras, o que é a explicação para o nome do bairro.

Por volta de 1870 Antônio José Leite Braga decidiu lotear parte de sua “Chácara do Bexiga”. O loteamento já estava anunciado em 23 de junho de 1878 e foi inaugurado em 1 de outubro do mesmo ano, com a presença do imperador Pedro II, lançando a pedra fundamental de um hospital que, no entanto, jamais foi construído. Lotes pequenos e baratos interessaram aos imigrantes italianos, pobres e recém-chegados ao Brasil, a maior parte deles vindos da Calábria, que não se interessavam por dirigir-se aos cafezais do interior do estado .

Com o intuito de afastar o sentido pejorativo do apelido dado ao bairro, seus moradores passaram a mudar a grafia de Bexiga para Bixiga. Outra explicação para a grafia seria uma adaptação ao jeito coloquial de se falar.

No começo do século 20, o bairro iniciou com seu status de reduto da boemia paulista ao receber diversos teatros (como o Oficina, Maria della Costa e Sérgio Cardoso) e os amantes do samba, que tiveram como ícone local, Adoniran Barbosa.